Mário Soares, fundador do PS, ex-Primeiro-Ministro timoneiro da Pátria no caminho para duas falências; ex-Presidente da República; "senador" de direito próprio; autor de belas peças literárias prolixas, abrangentes e de rigor indiscutível, como se espera de homem estudioso profundo de todo o tema que aborda; modesto até ao mais humilde exagero; presidente de uma Fundação com valiosos serviços prestados ao País, não obstante a inqualificável ausência de financiamento estatal; actual candidato a uma vaga no Panteão Nacional, embora merecesse ir para os Jerónimos desalojando Camões; lúcido e vigilante como gazela em terra de predadores e activo como formiga branca, não vai a um jantar da campanha eleitoral do PS para as eleições europeias.
Não pode ser!!!
Quando—de supetão—me caiu tal notícia em cima, também eu caí, mas da cadeira, parcialmente por espanto meu, parcialmente por espanto da própria cadeira. O pai da democracia de sucesso que nos tutela não participa em comício de campanha do grande, enorme, inenarrável Partido a que Portugal tanto deve pela mão de gente com o Zezito, Guterres e, naturalmente, o próprio Soares. Amanhã, os media internacionais não falarão noutra coisa. Estou já a ver o título em caixa alta no The Times—"Soares Gave Up"— no Le Monde—"Soares s'en va"—e no Washington Post—"Soares to Seguro: Fuck You".
O jornal Público hoje estragou-me o dia. Talvez a semana
toda.Quando—de supetão—me caiu tal notícia em cima, também eu caí, mas da cadeira, parcialmente por espanto meu, parcialmente por espanto da própria cadeira. O pai da democracia de sucesso que nos tutela não participa em comício de campanha do grande, enorme, inenarrável Partido a que Portugal tanto deve pela mão de gente com o Zezito, Guterres e, naturalmente, o próprio Soares. Amanhã, os media internacionais não falarão noutra coisa. Estou já a ver o título em caixa alta no The Times—"Soares Gave Up"— no Le Monde—"Soares s'en va"—e no Washington Post—"Soares to Seguro: Fuck You".
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