Panagiota Qualquer Coisa, deputada do Syriza,
emocionou-se e chorou perante a pressão para seguir a indicação do líder
do seu partido de votar a favor de um novo plano de resgate financeiro à Grécia que traz mais austeridade, entre cortes e aumento de impostos.
“Como irei eu conseguir levantar este tremendo peso
moral?”—terá perguntado a deputada, no ambiente de tensão existente hoje no
parlamento grego, antes da proposta ir a votação.
Depois da entrada de leão e da saída de sendeiro de Tsipras,
decalque da do inimitável Varoufakis, compreendemos a consternação da jovem
parlamentar, a viver a derrocada de um sonho cor-de-rosa feito pesadelo.
A vida não é fácil, apetece dizer à compungida jovem, mulher
em construção. Se pudéssemos comunicar, dir-lhe-ia que uma gota de senso vale
mais que oceanos de ouro; que pobre casado com mulher rica não tem mulher, tem patroa;
que nem milhares de pessoas conseguem despir um homem nu; ou que tudo que é bom
saber, é difícil de aprender. São provérbios gregos que, pelo andar da
carruagem, andam esquecidos na helénica Pátria e é bom recordar.
Embora sem o peso intelectual de Sócrates (NÃO É ESSE!!!...),
recordo outro profundo pensador, este lusitano, quando dizia que o programa do
governo grego era um conto de crianças. Crianças muito novinhas, acrescento eu.
Os gregos também dizem que o melhor é parecer aquilo que
se é e, de preferência, um bocadinho menos. Não sei se Tsipras pode parecer
menos mas, pelo menos, devia parecer aquilo que é porque já chega para o efeito.
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