ZARAPULHO

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O novo Ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, no fim da reunião com o Eurogrupo—a primeira em que participou depois da irreparável saída de cena de Varoufakis—provavelmente por falta de experiência, não se resguardou e expôs aos jornalistas os apontamentos que levava da reunião; para maior ingenuidade, escritos em inglês e não em grego.

É claro que as ampliações das fotografias foram feitas aos milhares, embora pouca coisa com interesse lá estivesse escrito, segundo os media. Em minha opinião, uma das coisas que lá figurava é significativa e esclarecedora. Em destaque, escreveu para não se esquecer durante a reunião, "NO TRIUMPHALISM", presumivelmente porque chegou convencido que levava na mão uma arma de destruição maciça, o resultado do referendo do Domingo, coisa quiçá capaz de parar o movimento de rotação da Terra e deixar a Europa às escuras até à consumação dos séculos.

Os gregos, além de não muito certos nas contas e de amarem o dolce far niente, estão convencidos que são o centro do universo, o ponto zero do Big-Bang. Um resultado daqueles no referendo da helénica gente será coisa para deixar o mundo com as cuecas borradas. Por isso, e em nome da compostura e respeito pelo adversário vencido, o ministro anotou o "no triumphalism" para não se esquecer, durante a reunião, de dar uma de vencedor generoso. Que grande zarapulho!

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