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Em 1920, o novo telescópio do Observatório de Mount Wilson, perto de Los Angeles, permitiu ver que muitas das áreas fracamente iluminadas que se observam à noite no espaço não são nebulosas no interior da Via Láctea, mas outras galáxias, contendo milhares de milhões de estrelas. Observando a luz emitida por essas estrelas, os astrofísicos chegaram à conclusão que as galáxias estão a afastar-se, o que significa que o universo continua a expandir-se.
Tais factos levaram um padre católico belga, de seu nome Georges Lemaître, a formular a hipótese do Bing Bang. De acordo com esta ideia, toda a energia e massa do universo estavam inicialmente comprimidas num corpo infinitamente pequeno, infinitamente denso e infinitamente quente, ou seja, muita energia e aparentemente pouca massa. Aparentemente porque a nível sub-atómico massa e energia se confundem. Ainda se sabe muito pouco desse corpo embrionário do mundo, mas foi a partir dele que o universo se expandiu e, à medida que as partículas elementares que formam a matéria foram arrefecendo, tornaram-se estáveis.
Os astrofísicos e os geologistas desenvolveram métodos de medir a idade do universo, da nossa galáxia, do sistema solar e da Terra. Tal passa pela análise de átomos radioactivos cuja semi-vida é conhecida, entre outros meios, como os cálculos feitos a partir da velocidade de afastamento das galáxias e da distância entre elas. Foi assim que se concluiu ser de 14 mil milhões de anos a idade do universo. Não é pouco, mas também não é a eternidade que inconscientemente se instalou na nossa mente. Em termos metafísicos é mesmo surpreendentemente pouco.
Outros cálculos e observações sugerem que a nossa Via Láctea se formou poucas centenas de milhões de anos depois do Big Bang. É, portanto, quase da idade do próprio universo. O sistema solar surgiu na Via Láctea mais recentemente – provavelmente entre 4,6 e 4,5 milhares de milhões de anos atrás.
A vida, sob a forma de micro-organismos, já existia há 3,4 mil milhões de anos, como demonstraram os paleontologistas na Austrália. Pode dizer-se que, depois da formação da Terra, não demorou muito tempo a aparecer.
É bom, de quando em quando, recapitular estes dados. Dão-nos melhor perspectiva do meio em que vivemos e fazem-nos perceber o que representamos individualmente nesse meio.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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