As instituições políticas, económicas e sociais representam sempre, desde que se viva em regime democrático, o resultado de um compromisso face a circunstâncias do processo político e social anterior, da gestão, certa ou errada, dos equilíbrios entre interesses corporativos e o bem-estar colectivo, etc. Esse compromisso pode ter conduzido a situações perversas que prejudiquem o bem-estar colectivo e conduzam à estagnação económica da sociedade. [...]
Essas situações perversas podem porém ser combatidas em termos de ajustamentos parcelares menos sujeitos a controvérsias e mais capazes de mobilizar a opinião pública. As reformas institucionais têm que ser feitas, pouco a pouco, e conduzidas de forma a ganharem a opinião pública. Muitas dessas reformas poderão parecer insuficientes ou a rota traçada nelas não estar totalmente conforme com o percurso para o modelo de sociedade ideal que teorizamos. Mas, “a política é a arte do possível”. [...]
Essas situações perversas podem porém ser combatidas em termos de ajustamentos parcelares menos sujeitos a controvérsias e mais capazes de mobilizar a opinião pública. As reformas institucionais têm que ser feitas, pouco a pouco, e conduzidas de forma a ganharem a opinião pública. Muitas dessas reformas poderão parecer insuficientes ou a rota traçada nelas não estar totalmente conforme com o percurso para o modelo de sociedade ideal que teorizamos. Mas, “a política é a arte do possível”. [...]
Estas sábias palavras foram escritas em Janeiro de 2006 e lêem-se num blog chamado "Semiramis", infelizmente parado desde então, supõe-se que por morte da sua autora, jornalista vítima de desastre de viação. São proféticas porque aludem a “situações perversas que prejudicam o bem-estar colectivo e conduzem à estagnação económica da sociedade” que, no presente, decorrem do processo político e social em curso, em vias de se tornar “anterior” por insustentável.
Quem vier por aí, no fim deste ciclo de patética megalomania parola, tem sobre os ombros a pesada cruz de regressar à realidade, explicar aos portugueses que o progresso e a modernidade não se conquistam com receitas das “Selecções Reader’s Digest” nem com medidas fracturantes, e conduzir reformas institucionais “deste mundo” que é o mundo dos dolicocéfalos morenos, metriocéfalos, eurimetrópicos, leptoprósopos e cameconcos.
Quem vier por aí, no fim deste ciclo de patética megalomania parola, tem sobre os ombros a pesada cruz de regressar à realidade, explicar aos portugueses que o progresso e a modernidade não se conquistam com receitas das “Selecções Reader’s Digest” nem com medidas fracturantes, e conduzir reformas institucionais “deste mundo” que é o mundo dos dolicocéfalos morenos, metriocéfalos, eurimetrópicos, leptoprósopos e cameconcos.
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