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O novo Governo de José Sócrates, que assumiu funções há pouco mais de três meses, nomeou 1361 pessoas para vários cargos, 997 das quais para os gabinetes ministeriais. Destas, 323 são amigos com competência reconhecida universalmente, embora sem vínculo à Administração Pública. Além dos chefes de gabinete, foram já nomeados 167 adjuntos, 265 assessores/colaboradores/consultores, 265 administrativos, 132 secretárias e 114 motoristas.É preciso dizer que muitas personalidades vêm do anterior executivo porque, segundo a nova Lei das Nomeações dos Altos Cargos da Administração Pública, os mandatos de todos os dirigentes passam a estar vinculados ao mandato do próprio Governo e cessam quando este cessa funções. Para continuar no novo governo devem ser confirmados no prazo de 90 dias. Há, assim, muitos directores e subdirectores-gerais, inspectores e subinspectores-gerais, e secretários-gerais de vários ministérios a aguardar que se decida se vão fazer alguma coisa, ou passam a não fazer nada, o que alguns já faziam antes, verosimilmente.
Em resumo, não destoa muito do trivial, quando há novos governos. Regista-se a entrada directa, pela esquerda baixa, de 323 personalidades para a esquerda alta da função pública.
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