O jornal "i" on line publica hoje parte de um artigo de António Barreto sobre a reforma do Estado. A dada altura, escreve o seguinte:
[...] É usual
pensar que o "poder político", em democracia, deve primar sobre o
"poder económico". Esta quase verdade consensual serve para
justificar a acção livre dos agentes políticos e, por essa via, o privilégio
acordado aos partidos políticos e a consequente submissão dos outros interesses
sociais. Acontece que é em parte esse primado da política que serve a captura
do Estado por interesses privados. Repito: é por intermédio dos partidos que os
interesses privados detêm privilégios e poderes. Daqui não concluo que é
necessário ou sequer aconselhável afastar os partidos. Não. Necessário é
moderá-los. [...]
Está perfeita a conversa. Mas a pergunta é, como moderar
os partidos? A actual situação serve de forma esplêndida partidos e seus responsáveis, os últimos a desejar "moderação". Esperar deles a
iniciativa de se moderarem é esperar toda a vida. O problema
é a pescadinha de rabo na boca.
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