Referindo-se às escutas das conversas telefónicas entre Vara e o Zezito, relativas ao processo "Face Oculta", Pinto Monteiro, antigo Procurador-Geral da República para desgraça da dita República, pôs a boca no trombone da SIC e soprou: "há jornalistas e particulares que têm cópias (das escutas)"; "que ponham as cassetes na Sé de Braga ou no castelo e as transmitam pelos altifalantes, que não há lá nada".
Para além do desrespeito pelo dever de reserva exigível a
um alto magistrado jubilado sobre um processo ainda pendente que teve início
quando estava no activo, o conselheiro Pinto Monteiro revela elevado nível
coloquial, mais próprio de outras
profissões que me abstenho de apontar para não ofender ninguém.
O Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério
Público considera lamentáveis tais declarações e acha que o Conselho Superior
da Magistratura devia pronunciar-se sobre isso. Mal vai a Justiça quando um
Procurador-Geral da República, ou ex-Procurador-Geral da República, se comporta
de modo a merecer um raspanete do Conselho Superior da Magistratura. É o que temos!
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