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Do alto daquela tribuna são semanalmente anunciados novos sacrifícios para os portugueses.
Não é o local ideal para conversas jocosas.
[...] Passos
Coelho é, desde logo, o primeiro a deixar de cabelos em pé qualquer português
dotado de bom senso. Tropeçando num discurso muitas vezes a necessitar de
tradução, tantos os ziguezagues e as palavras desconjuntadas, o primeiro-ministro
é raro dispor de uma palavra de reconhecimento ou de conforto aos portugueses
em sofrimento. Faz pior: anuncia ou discute pedaços de nova austeridade entre
sorrisos e galhofa. As imagens recolhidas nos debates da Assembleia da
República são de todo eloquentes: Passos Coelho é vezes sem conta apanhado a
esboçar sorrisinhos matreiro-cínicos com Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque
ou algum dos outros seus ajudantes de cortes. Lamentável. [...]
Fernando Santos, "Riso cínico dos betinhos do Governo", in "Jornal de
Notícias"
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