Ontem, dia 5 de Maio, passaram 109 anos desde que uma impressão digital foi usada num tribunal inglês, servindo de prova bastante para condenar dois bandidos. Em Março desse ano, Thomas e Ann Farrow foram mortos e roubados na sua loja, em Londres. Nessa manhã, Alfred Stratton havia sido visto a rondar a loja. Foi preso, juntamente com seu irmão Albert.
A polícia tinha encontrado uma impressão digital feita
com sangue na tampa da caixa arrombada onde os Farrows guardavam o dinheiro. Comparando com as impressões dos irmãos, correspondia ao
polegar direito de Alfred. O júri considerou a prova satisfatória e os irmãos foram
considerados culpados e enforcados. Estava aberto o precedente, a constituir
jurisprudência.
Curiosamente, o registo das impressões digitais havia começado
na Índia, para controlo do pagamento de pensões aos indianos reformados. Os funcionários britânicos não tinham meio de
distinguir um indiano de outro e, desse modo, qualquer podia receber uma pensão
que não lhe pertencia. A solução foi a de deixarem a impressão digital para a
receber. Só mais tarde a Scotland Yard começou a trabalhar nisso, pela mão de Henry
Faulds, o pai de tal sistema de identificação em Inglaterra. Pouco depois, o
método viria a ser importado pelos Estados Unidos e, mais tarde, praticamente
por todo o mundo.
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