Mário Soares falou. Aliás, fala todo os dias. Segundo
Morais Sarmento, referindo-se ao militares de Abril, estes estiveram para as
celebrações do 25 de Abril como Mário Soares tem estado no comentário político:
fora de prazo. Um prazo que já caducou há muito tempo—a bem dizer, desde a
infância do "senador" candidato a inquilino do Panteão Nacional. E
que disse Soares?
Burrices, naturalmente. A páginas tantas, esta pérola,
segundo os jornais (transcrevo): "Este Governo nunca falou em direitos
humanos, como nunca falou com o povo, desde o Presidente da República aos
membros do Governo", notou Mário Soares, justificando essa ausência com os
governantes atuais "serem vaiados cada vez que saem à rua".
"Não podem sair à rua e nunca se viu uma coisa assim
no país".
Soares tem memória curta: esqueceu as vaias e as
bandeiras negras que ouviu e viu quando era Primeiro-Ministro e até um murro em Barcelos
e uma "chapada" na Marinha Grande. A idade avançada e o amolecimento
cerebral estão a turvar-lhe a lembrança.
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