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A construção das pirâmides do Egipto exigiu o transporte
de enormes blocos de pedra e estátuas, ao longo de distâncias muito grandes do
deserto. Como conseguiram os egípcios de então a força necessária para tal
trabalho, sabendo como é difícil o transporte sobre a areia?
É uma boa pergunta a que físicos da Universidade de
Amesterdão parece agora serem capazes de responder. Uma pintura mural no túmulo de Djehutihotep mostra
claramente um jagodes, sobre a parte da
frente da espécie de trenó que usavam para o transporte, a deitar água na
areia, enquanto o trenó era puxado à força de braços—muitos! (Figura 1). A
ideia era dar à areia, constituída por muitos pequenos grãos, a consistência
mais favorável ao deslizamento. A água, na quantidade certa, preenche o espaço
entre os grãos da areia, cria como que "pontes" entre eles, ou seja,
aumenta a sua coesão, e diminui a tendência para o conjunto se deformar (Figura
2). A areia pode ganhar o duplo da rigidez—se a operação for bem feita—e os
trenós deslizam muito melhor. E esta, hein?
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