sexta-feira, 2 de maio de 2014

TÃO ESPERTOS QUE ELES ERAM . . .

.

A construção das pirâmides do Egipto exigiu o transporte de enormes blocos de pedra e estátuas, ao longo de distâncias muito grandes do deserto. Como conseguiram os egípcios de então a força necessária para tal trabalho, sabendo como é difícil o transporte sobre a areia?
É uma boa pergunta a que físicos da Universidade de Amesterdão parece agora serem capazes de responder. Uma pintura mural no túmulo de Djehutihotep mostra claramente  um jagodes, sobre a parte da frente da espécie de trenó que usavam para o transporte, a deitar água na areia, enquanto o trenó era puxado à força de braços—muitos! (Figura 1). A ideia era dar à areia, constituída por muitos pequenos grãos, a consistência mais favorável ao deslizamento. A água, na quantidade certa, preenche o espaço entre os grãos da areia, cria como que "pontes" entre eles, ou seja, aumenta a sua coesão, e diminui a tendência para o conjunto se deformar (Figura 2). A areia pode ganhar o duplo da rigidez—se a operação for bem feita—e os trenós deslizam muito melhor. E esta, hein?
.

Sem comentários:

Enviar um comentário