quinta-feira, 21 de agosto de 2014

CHAPELADAS

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[...] À beira das eleições para a distrital do PS-Braga, agendadas para 6 de Setembro, as suspeitas estão a agitar aquela que é a segunda maior estrutura federativa do partido. Porque levantam dúvidas sobre o número de militantes (realmente) activos, porque colocam em causa o controlo dos cadernos eleitorais - e porque, como se viu nos últimos dias, atiçaram dirigentes uns contra os outros, divididos entre o apoio a António José Seguro e a António Costa. E entre uns que gritam ‘aqui há batota' e outros que atiram com argumentos de transparência no processo. [...]

[...] Quem hoje pede os votos de militantes do seu partido, amanhã estará a pedir os votos dos eleitores do seu país. E, para isso, vai ser preciso mais do que um discurso fervoroso, umas críticas à austeridade e um dedo apontado aos erros do último Governo, para levar portugueses às urnas e merecer o seu voto. Restaurar a credibilidade dos políticos e a confiança dos eleitores está nas mãos de quem lidera partidos e governos. E, a avaliar por situações como as pequenas irregularidades que se contaram nas primeiras linhas e outras igualmente suspeitas, não parece que se esteja a fazer muito por isso. O país está a mudar, precisa de mudar para algo maior e mais responsável, digno de uma democracia mais madura - e o fim da pequena política é essencial para isso. Ganhar com batota não é admissível - nem mesmo em política(O sublinhado é meu)

Helena Cristina Coelho in "Diário Económico"
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