Para
quem não sabe, e possivelmente é muita
gente, Rui Tavares é um senhor que foi eleito para o Parlamento Europeu numa
lista do Bloco de Esquerda e, depois de comer o isco, cagou no anzol,
continuando a comer o isco até ao fim. Um exemplo de ética.
Fundou entretanto o
partido LIVRE que se candidatou nas últimas eleições europeias e teve o extraordinário
score de 2,18%. O cabeça de lista—o próprio Tavares—ficou sem o isco. Agora caga
postas de pescada, mas não no anzol. Com o referido resultado eleitoral ficou
muito feliz—diz—porque foi o melhor de todos os maus resultados eleitorais.
É uma personalidade circunspecta
que nunca vi rir, provavelmente porque toma tudo muito a sério, a começar por
ele próprio. Numa entrevista ao jornal "SOL" diz a folhas tantas: "Creio que é necessário que um
grande sector da população portuguesa, à esquerda do PS, esteja representado
não só na Assembleia da República mas também no Conselho de Ministros. Uma
grande parte das políticas passa pelo Governo e até agora a esquerda à esquerda
do PS prescindiu de aí se fazer representar. É algo que o LIVRE quer mudar o
mais depressa possível".
Tal e qual! E logo o mais depressa possível!
Políticos assim há em todo o mundo—até mais patuscos.
Mas que mal fizeram os portugueses para terem de ver num semanário com alguma
importância uma entrevista de mais de mil palavras com um deles?
.
Sem comentários:
Enviar um comentário