No dia 14 de Novembro do ano de 2012 da era cristã,
ocorreram episódios mais ou menos folclóricos, integrados no evento “Lisboa
Capital da Civilização”, em frente da Assembleia da República, Casa da Democracia
Republicana, em que uns tantos protagonistas, chamados manifestantes populares,
arremessaram pedras a outros manifestantes chamados agentes da ordem e em que
estes sacudiram o pó das costas dos primeiros numa atitude de indomável
ternura.
A corporação policial informou o Departamento de
Investigação e Acção Penal do sucedido, com imagens e vídeos ilustrativos do
evento cultural. O Departamento investiga e, como lhe compete, constitui
arguidos. Uma delas chama-se Paula Montez, captada em fotografias a atirar pedras
à polícia que a acusa de ter repetido o gesto, pelo menos vinte vezes. Pouco!
Paula Montez nega. As imagens são de má qualidade e Paula
tinha na mão, não pedras, mas a máquina fotográfica que tem de levantar para
fixar os momentos históricos para a posteridade; e não há notícia de algum manifestante/agente
da autoridade ter sido atingido por uma câmara digital compacta.
Não conheço Paula Montez, mas estou com ela. E acho que
se trata de caso típico de excesso policial. Abaixo a polícia e viva a
liberdade de manifestação cívica e ordeira.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário