Bernard Shaw escreveu um dia: "Não percas tempo com
questões sociais. O problema dos pobres é a pobreza; o dos ricos é a
inutilidade".
Aristóteles também falou da pobreza para dizer que é a
mãe da revolução e do crime; do que se infere que, para o filósofo, crime e revolução
eram coisas de ética equivalente.
Desde Aristóteles, muito se tentou para acabar com a pobreza—ironicamente
até revoluções—e ela continua aí. E Bernard Shaw achava que as questões sociais
eram perda de tempo, em matéria de pobreza e riqueza.
Em que ficamos?, perguntar-se-á. Suspeito que ficamos com
os pobres, os ricos, o crime e as revoluções. Afinal, as revoluções, além de
crimes praticados em nome de filosofias para acabar com eles, trouxeram o quê? Pouco,
nada, ou pior. Sobre o crime não sei nada, parece-me que vai mudando de estilo,
mas é actividade pegada de estaca.
É questão política essa, dirão. Aos que assim pensam
lembro Chesterton: "Os pobres dizem que são mal governados; os ricos
sempre disseram que não quererem ser governados".
E então? Então estamos conversados. Boa noite e até
amanhã.
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