A "operação
de limpeza" que o Papa Francisco está a levar a cabo nas finanças do
Vaticano pode estar a prejudicar os interesses da máfia italiana, e levar as
organizações criminosas a tentar acabar com ela através de um atentado ao Sumo
Pontífice. Quem o diz é Nicola Gratteri, Procurador-Adjunto de Reggio Calabria e
especialista na luta contra o crime organizado.
Notícia preocupante esta. Em primeiro lugar porque, dada
a forma como o Papa se expõe, não é difícil levar a cabo um atentado. Mas
talvez mais preocupante ainda é a confirmação implícita, feita pelo Procurador,
de que o Vaticano—ou alguém do Vaticano—colabora com a máfia calabresa, com a
siciliana, ou com a "Camorra" napolitana.
A afirmação do magistrado, especialista em crime organizado,
não é seguramente feita de ânimo leve. Devia ser um choque para o mundo, especialmente
para os católicos, mas não passa de notícia de terceira página dos jornais.
Significa tal que a matéria é dado adquirido para os crentes e já não constitui
escândalo. Era urgente averiguar como se chegou a tal estado de putrefacção
ética na Cúria e explicar aos fiéis, tintim por tintim, o que se passa e quem teve e tem responsabilidade nesta pouca vergonha.
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