terça-feira, 5 de novembro de 2013

ENTORSE PORTUGUÊS

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Palácio Galveias, por exemplo, um sítio para manter a calçada portuguesa

Leio que a calçada portuguesa vai deixar de ser generalizada na cidade, ficando confinada às zonas turísticas e históricas. Não posso estar mais de acordo.
A dita calçada é muito bonita, tem tradição em Lisboa, os estrangeiros gostam bué, mas quem tropeça e faz os entorses são os munícipes. A qualidade da execução já não é o que era e a conservação é quase nula. Com a chuva, não sendo o betume de cimento, as pedras saem do lugar, deixam buracos e constituem empecilhos perigosos, especialmente para gente idosa. E como não se consegue evitar o estacionamento de automóveis nos passeios, sem preparação para aguentar tal peso, a calçada mais parece o mar da Nazaré, com ondas gigantes.
Há puristas que defendem a calçada portuguesa com unhas e dentes e estão indignados com os planos da Câmara Municipal. Acho que se devem deixar áreas extensas, por exemplo em Belém, no Terreiro do Paço e outros locais, para eles matarem saudades. Mas, por favor, senhores tradicionalistas, tenham um nadinha de respeito pelos tornozelos dos lisboetas.  Os tornozelos também têm uma palavra a dizer.
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