domingo, 10 de novembro de 2013

TOZÉ E PAVLOV

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Marques Mendes diz que Tozé não quer consensos com o Governo porque tem medo de Mário Soares e do Zezito.  Não sei se é por isso, mas é nítido que tem medo das duas referidas personagens.
A primeira considera-se democraticamente dona do Partido, tolera quem o dirige porque alguém tem de se ocupar do expediente, mas nem lhe passa pela cabeça que não se façam as coisas como acha adequado. Tozé é um secretário-geral tutelado por Mário Soares e mais algumas eminências pardas, como Alegre, Almeida Santos e Arnaut.
Por outro lado, o Zezito é uma ameaça que povoa os seus pesadelos. Aparece-lhe em sonhos a regressar triunfal ao poder, perdoado pelos militantes das cavaladas que fez enquanto Primeiro-Ministro. A memória é curta e o actual Governo ainda a faz encolher mais.
O problema é complicado. Os anteriores responsáveis pela Pátria arruinaram-na e deram de frosques. Mas mantêm o poder de continuar a lixá-la. Como? Através do condicionamento psicológico. Boa parte das posições políticas de Tozé são reflexos pavlovianos.

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