Em Abril de 2012,
António José Seguro declarava sentir "uma enorme satisfação" perante
a vitória de François Hollande nas "presidenciais" francesas, a qual,
com típica sofisticação retórica, considerou "uma lufada de ar
fresco", além de "uma nova esperança" e "uma nova primavera
para os povos europeus". Durante quase dois anos, enquanto o sr. Hollande
arruinava a economia local e afugentava os ricos (e os "ricos") à
custa de impostos dignos do Guinness Book, o idílio manteve-se imaculado.
Agora, que o sr. Hollande enfim desceu à realidade, também conhecida por
"austeridade", o idílio acabou. O dr. Seguro deixou de falar em
público do herói gaulês e, em privado, confessa-se traído, não necessariamente
pela actriz que o sr. Hollande visita em escapadelas de motorizada. É o destino
de inúmeros romances e de todos os socialistas europeus, humanistas, solidários
e irresponsáveis.
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Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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