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Esta imagem
do "Hubble" mostra dois corpos celestes próximos um do outro, na Constelação da
Ursa Maior, assinalados pelas setas. São quasars, astros com dimensões maiores que as
estrelas e menores que as galáxias, embora emitam mais radiação,
particularmente ondas de rádio. Pensa-se que correspondem a regiões dentro de
galáxias onde existe um buraco negro
extremamente massivo.
Os mostrados na imagem estão a pouco menos de 14 mil
milhões de anos/luz da Terra—quase a idade do universo—e brilham
intensamente. Apesar de terem características em tudo idênticas, eram considerados independentes desde 1979, quando foram descobertos.
Inesperadamente,
verificou-se que, afinal, é só um, visto em duplicado! O fenómeno deve-se à
presença duma galáxia, a YGKOW G1,
a 4 mil milhões de anos/luz da Terra e colocada entre nós e o quasar QSO 0957+561.
Devido à enorme gravidade da galáxia, as radiações
oriundas do quasar são deflectidas no seu caminho, fazendo-as convergir na
Terra, vindas de ambos os lados da
galáxia, como se mostra na figura em baixo. Tal fenómeno cria duas imagens
virtuais, mostradas no esquema mais ou menos careca que desenhei.
É o fenómeno de "lente gravitacional", se é correcto
traduzir assim gravitational lensing. Catita!
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A radiação oriunda do quasar, sem o fenómeno da "lente gravitacional" iria seguir em linha recta e não seria visível na Terra. Desviada pela "lente/galáxia", vem ao nosso encontro.
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