Com o passar do tempo e averiguações feitas por
familiares das vítimas, começa a pairar no ar a possibilidade de ter havido
rituais relacionados com uma coisa chamada "praxe académica", que
teriam estado na origem da tragédia. Não sei se é verdade e, por isso, abstenho-me
de ir mais longe no caso, embora a presença do imbecilmente chamado dux
veteranorum seja comprometedora—por acaso, ou talvez não, sobrevivente do
desastre e que agora sofre de amnésia. Suspeita-se ainda que lá se encontraria também
um antecessor do referido dux que está calado.
Quero é, mais uma vez, chamar a atenção para essa manifestação arcaica, imbecil, primária e
australopiteca a que chamam "praxe académica". Para que servem
aqueles rituais de mau gosto, além de promoverem psicologicamente alguns
mentecaptos que nem deviam ter entrado num curso superior? Servem só para
alimentar instintos pré-antrópicos—tal e qual.
A pergunta completa é: porque não se dissolvem e proíbem as
claques dos clubes de futebol e as comissões de praxe das universidades?
A resposta é: por simples saloiada.
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