Max Planck, um dos pioneiros da Teoria Quântica, dizia
ser expectável que, com o desenvolvimento da ciência, diminuísse a crença no
milagre, no sentido de poder sobrenatural. Mas acrescentava não parecer ser esse
o caso actualmente, tendo em conta a popularidade do ocultismo, do espiritualismo
e de todas as variantes.
Segundo ele, é característico dos nossos dias, apesar dos
avanços e conquistas da ciência, que, quer o homem inculto, quer o culto, se
voltem para a luz do mistério, face aos problemas comuns da vida.
Haverá na natureza do homem e da sua psyche uma área onde
a ciência não entra. É inata, constitucional, muito provavelmente genética. Tem
algum significado ontológico? Essa é a grande interrogação—valorizada pelos
teístas, é minimizada pelo ateu que a considera apenas fenómeno a aguardar
compreensão.
Voltando a Planck, recorde-se o que dizia sobre as
teorias científicas e se aplica também aqui: uma verdade científica não triunfa
porque se convence os seus opositores, fazendo-os ver a luz, mas antes porque eles
morrem e as novas gerações aceitam essa verdade. Mesmo no sobrenatural, a
evolução conta!
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