O Estado propõe-se avançar com medidas para acudir à
situação escandalosa e de ruína do BES. Naturalmente que Estado é igual a
dinheiro de contribuinte e paira no horizonte um cenário ameaçador BPN-like.
É indiscutível ser necessário fazer alguma coisa para
descalçar a bota "BES". Os contribuintes têm consciência disso. Mas quando um gatuno rouba uma carteira e é apanhado pela polícia depois de ter estafado o dinheiro,
pode o roubado ficar sem ele, mas o costume é o pilha-galinhas ir para a cadeia.
A última coisa a admitir no caso BES é que o
roubado/contribuinte fique sem o dinheiro e o gatuno vá flautear-se para a
América do Sul, gozar os rendimentos. O mínimo exigido neste momento é vigilância apertada sobre
os responsáveis da ruína bancária a que assistimos—se não podem ser presos já
preventivamente, antes que fujam—e encarcerá-los com urgência, logo que a
Justiça o possa fazer; e tem de o fazer na gáspea—os portugueses não suportam
mais impunidade de vigaristas do grande capital.
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