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Chama-se
bioturbação aos sinais e
vestígios das alterações feitas na crosta terrestre pelos seres vivos, por
exemplo para cavar a casa, como formigas, grilos, lobos e por aí fora.
O homem é um mestre nessa actividade—de tal modo que tem direito a um vocábulo
próprio para a sua bioturbação: é a antroturbação.
Tal e qual.Por exemplo, há árvores no deserto sul-africano do
Kalahari cujas raízes penetram o solo até quase 70 metros, o que é muito; e quase nada se as compararmos com o Homo
sapiens. Precisamente no mesmo País, o homem escavou minas até 5 quilómetros de
profundidade à procura do ouro. E na Rússia fez perfurações até 12 quilómetros
com fins de prospecção. No Reino Unido há mais de um milhão de minas e perfurações
de prospecção e nos Estados Unidos o quadro é semelhante.
Ao contrário das outras alterações produzidas pelo homem na Terra, alterações
que serão apagadas pelo tempo geológico, a antroturbação constitui cicatrizes definitivas. Se o homem acabar
antes da Terra, coisa muito possível, deixa atrás de si uma marca indelével
para estudo de qualquer alienígena que
chegue ao planeta azul. É a opinião expressa num artigo recentemente publicado.
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