quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O LIMITE É O INFINITO

.

Há menos de cem anos, o universo terminava na Via Láctea—era tudo. Hoje, quando olhamos para o espaço à noite sabemos que podemos ver—usando os meios de observação actuais—quinhentos sextiliões de estrelas (500.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000), mais que todos os grãos de areia das praias da Terra, e 80 mil milhões de galáxias (80.000.000.000.000). Se o que vemos não é fancaria, ou seja, se não é ilusão ou uma simulação gigante de computador, nada nos diz que não há muito mais, incluindo o infinito.
Segundo a Hipótese do Universo Matemático, de Max Tegmark, professor no Massachusetts Institute of Technology, tudo que existe matematicamente, também existe fisicamente. A ser assim, o melhor é preparar a cabeça para o universo infinito com as coisas mais inesperadas. A probabilidade, por exemplo, de existir um ser igual a mim noutro canto do espaço que está a esta hora a teclar num computador é real: algures, há outro artolas a editar um blog  chamado "O Dolicocéfalo"! E, dito isto, nem vale a pena falar de dúvidas sobre a existência de vida alienígena.
E a quem acha coisa extraordinária a conjugação de circunstâncias que permitem às leis vigentes da Física funcionarem, pode dizer-se que ela é inevitável. Por exemplo, se a intensidade da força nuclear forte, ou a constante gravitacional, fossem diferentes, o mundo seria um mar de radiação ou um buraco negro. Mas com infinidade de possibilidades, a organização actual tem de existir nalgum lado. A probabilidade é curta, mas certa.
E há outro Luís XVI e outra Maria Antonieta, e outro Kadafy e outro Saddam, e por aí fora. Já viram isto?
.

Sem comentários:

Enviar um comentário