Maria João Rodrigues é uma senhora estimável e, ao que ouço,
tecnicamente competente na área dos assuntos europeus. Esta é
a alínea a).
A alínea b) é que Maria João Rodrigues gostava muito de
integrar a Comissão Europeia e não fazia segredo disso. Num jornal, escreveu: Ao longo de anos, a nossa relação
(com Juncker) teve vários momentos significativos de colaboração: para definir
a política de emprego europeia no Tratado de Amesterdão, para relançar a
estratégia europeia de crescimento, para melhorar a governação económica
europeia, para responder à crise da zona euro. Mas creio que foi por o meu
trabalho relativo a estas novas prioridades ser reconhecido na Europa que ele
me incitou a tornar disponível a minha candidatura a comissária por Portugal,
frisando bem, sem nada prometer, porque a sugestão de nomes cabe ao Governo, em
nome do país; e, mais adiante: No entanto, entre outros possíveis, o
meu nome não lhe foi referido, embora ele o esperasse. Tal e qual.
Entretanto, e esta é a alínea
c), fontes comunitárias relacionadas com a formação da Comissão, em 11 do
corrente, ou seja, ontem, vieram dizer: "A
senhora (Maria João) Rodrigues, a
eurodeputada que tem estado a escrever artigos nos jornais, nunca esteve na
wish list do senhor Juncker. A senhora (Maria Luís) Albuquerque sim, ela não".
Alínea d) O calado—neste caso calada—é a melhor. É muito antigo o aforismo, mas frequentemente esquecido..
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