terça-feira, 12 de agosto de 2014

PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA . . .

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Maria João Rodrigues é uma senhora estimável e, ao que ouço, tecnicamente competente na área dos assuntos europeus. Esta é a alínea a).
A alínea b) é que Maria João Rodrigues gostava muito de integrar a Comissão Europeia e não fazia segredo disso. Num jornal, escreveu: Ao longo de anos, a  nossa relação (com Juncker) teve vários momentos significativos de colaboração: para definir a política de emprego europeia no Tratado de Amesterdão, para relançar a estratégia europeia de crescimento, para melhorar a governação económica europeia, para responder à crise da zona euro. Mas creio que foi por o meu trabalho relativo a estas novas prioridades ser reconhecido na Europa que ele me incitou a tornar disponível a minha candidatura a comissária por Portugal, frisando bem, sem nada prometer, porque a sugestão de nomes cabe ao Governo, em nome do país; e, mais adiante: No entanto, entre outros possíveis, o meu nome não lhe foi referido, embora ele o esperasse. Tal e qual.
Entretanto, e esta é a alínea c), fontes comunitárias relacionadas com a formação da Comissão, em 11 do corrente, ou seja, ontem, vieram dizer: "A senhora (Maria João) Rodrigues, a eurodeputada que tem estado a escrever artigos nos jornais, nunca esteve na wish list do senhor Juncker. A senhora (Maria Luís) Albuquerque sim, ela não".
Alínea d) O calado—neste caso calada—é a melhor. É muito antigo o aforismo, mas frequentemente esquecido.
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