segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

APARAS DE HISTÓRIA

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A fotografia, feita em 1930, quando Einstein se deslocou a Cambridge para receber um grau honorífico, mostra o investigador na companhia dum senhor chamado Arthur Eddington. E porque estão os dois tão contentes por se encontrarem? É uma história longa.
Quando começou a II Guerra Mundial, muitos cientistas foram mobilizados em Inglaterra. Eddington, por razões religiosas, era objector de consciência e recusou-se a ser incorporado nas forças britânicas. Foi demitido do Observatório Astronómico de Cambridge e mandado internar num campo de detenção. Nessa altura, Einstein lutava para demonstrar a correcção da sua teoria, nomeadamente que Newton estava errado no que se referia à gravidade, e necessitava de observações astronómicas durante um eclipse total do Sol para confirmar que a luz das estrelas era deflectida pela força gravitacional dos astros de acordo com a sua fórmula e não com a de Newton.
Para ir depressa ao assunto, Frank Dyson,  Astronomer Royal, conseguiu que Eddington não fosse preso a fim de organizar uma expedição para observar um eclipse total do Sol, em Março de 1919, na Ilha do Príncipe, o que poderia comprovar a teoria gravitacional de Einstein. Curiosamente, Eddington viajou da Ilha da Madeira para a do Príncipe num navio de carga belga chamado "Portugal".
Embora as condições meteorológicas não fossem perfeitas durante o eclipse na Ilha do Príncipe, foi possível fazer as fotografias suficientes para comprovar que a teoria de Einstein estava certa e a de Newton errada. Começou aí a glória de Einstein e o início da sua enorme popularidade científica e não só. A fotografia foi feita 11 anos depois, quando Einstein ainda era professor da Universidade de Berlim, e compreende-se a alegria dos dois homens com o encontro. Um formulou a hipótese teórica, o outro comprovou-a experimentalmente.
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