terça-feira, 11 de dezembro de 2012

FLORÁLIA

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A política é actividade multifacetada. Dizem os dicionários ser a ciência de governação das nações. Será—ou devia ser—predominantemente isso mas, na prática, é coisa mais do tipo jogos florais, com muita parra oratória e pouca uva.
Vem isto a propósito da declaração do Professor  Martelo, referindo-se ao apoio de Relvas à candidatura de Fernando Seara à Câmara de Lisboa, ser tal apoio um "beijo de morte". Está bem achado, mas é de mauzinho. E para que não ficassem dúvidas, acrescentou: "Se há coisa que um candidato deve pedir é que um membro do governo que está muito desgastado não apareça como maior patrono dessa candidatura."
Relvas, mais que desgastado, já com os pneus nas lonas, não deixa de ser político com experiência—leia-se especialista em jogos florais—e ripostou, quando confrontado com as declaração de Martelo: "Não comento comentadores". Também está bem respondido, sim senhor.
E assim, com golpe e contragolpe, se recreiam os políticos. É actividade lúdica a que têm direito; mas era bom não esquecer a tal ciência de governação das nações. É que andamos todos à rasca.
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