A Terra tem cerca de 4,5 mil milhões da anos. A vida terá
começado há 3,6 mil milhões. Vida elementar, já se vê, constituída por
estruturas químicas orgânicas capazes de se reproduzir. Tudo bem!
Mas, dizem alguns intelectuais da biologia e da
computação que o processo de partir de átomos isolados, até construir aleatoriamente
as primeiras "pedras" da vida—os aminoácidos e os nucleótidos que
formam o ADN e o ARN—levou, pelo menos, 10 mil milhões de anos. Isto é, a vida
começou a originar-se no universo ainda a Terra estava no cu dos franceses. E
esta?
Então, tudo terá começado no núcleo das estrelas, que em
fim de vida fazem a fusão de átomos progressivamente mais pesados e criam
carbono, oxigénio, azoto e por aí fora.
Quando morrem de vez, lançam no espaço
cósmico esses novos átomos e, nas nebulosas interestelares, estes terão reagido
aleatoriamente para originar moléculas pré bióticas, primeiro, e depois micro-organismos elementares, como
bactérias muito simples.
Esses seres vivos podem ter chegado ao nosso berço transportados
por asteróides, cometas ou meteoros, constituindo a nossa semente—chamam a
isso, os referidos intelectuais, panspermia.
E porque estão eles com tanta fé na teoria? Estão com fé
porque, depois do referido raciocínio brilhante, ainda mais brilhantemente
exposto por mim—modéstia à parte—encontraram o que pensam ser hidroxilalanina,
composto de carbono, hidrogénio e oxigénio, numa zona de formação de estrelas a
mil anos/luz da Terra; isto é, o que pode ter sido a nossa semente, a do gato, do
papagaio, do periquito, dos lagartos—quem diria!— e do Vítor Gaspar: o avô dele
em 12,4 X 10^857.º grau veio da Nebulosa do Caranguejo—por isso andamos para trás!
Já percebi!
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(A figura superior é um link para o artigo aqui referido. Nele há mais links para outros artigos)
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