Circulam na Net textos, alegadamente da autoria de pessoas
conhecidas do público, algumas estimáveis como Prado Coelho, Clara Ferreira
Alves e outros, que são contrafacções, muitas vezes bem feitas. Já fui vítima
disso, com um texto falsamente atribuído a Eça de Queirós, para o qual pessoa
amiga me alertou, permitindo-me fazer a correcção. Há gente com génio para
simular o estilo de alguns escritores, nomeadamente Eça, que levam ao engano.
Tenho agora a maior prudência nessa matéria, procurando confirmar a genuinidade
do que recebo e leio, embora tal não me deixe completamente imune contra o
flagelo.
É pena que o fenómeno ocorra porque, em certos casos, os
textos são bem feitos, se excluirmos algumas afirmações de duvidosa veracidade,
e que não mereciam estar misturados com trafulhices. Recebi um dia destes, pela
enésima vez, um artigo apócrifo, supostamente escrito por Clara Ferreira Alves como
se vê na imagem do “Expresso” em cima. Duvido de algumas afirmações ali feitas
mas, se devidamente expurgado, podia figurar em qualquer jornal, sem
necessidade de circular travestido na Net. Pode lê-lo aqui.
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