sábado, 20 de julho de 2013

ÉTICA REPUBLICANA

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Vou explicar como foi. Tozé ficou entalado, sem saber que fazer. Dizer ao Presidente que não negociava deixava-o mal visto por todos, incluindo alguns socialistas. Melhor era disponibilizar-se para mandar alguém a reuniões com o PSD e o CDS—maneira de encanar a perna à rã, ganhar tempo e ver em que paravam as modas.
Depois vieram a UGT, os patrões, a Igreja e algumas figuras influentes a pedir consenso, em nome do interesse nacional. Tozé vacila porque percebe que há muita gente à espera de entendimento. O PSD e o CDS, aparentemente, não lhe facilitam a vida, permitindo uma saída airosa, mas Tozé, mesmo assim, hesita.
Tal atitude desencadeia reacção violenta dos fósseis do PS, com adiantado estado de amolecimento cerebral, cheios de "peso histórico", a tresandar a Primeira República. Tozé borra-se, suja a fralda e percebe que, se continua hesitante, vai ter eleições, não no País, mas no Partido Socialista. Prudentemente, borrega e declara blá, blá, blá... Não percebe, tal como os fósseis socialistas, que com esta atitude a probabilidade de gramarem este governo mais dois anos é enorme. É o clássico tiro que sai pela culatra.
Se tal acontece, o Dr. Soares, o poeta Alegre, também chamado acidentalmente Dr. Manuel Alegre, Arnaut, Almeida  Santos e outras múmias fossilizadas do PS passarão à desobediência civil sob a forma de cobertura política das investidas rasteiras do PCP e do BE. É novamente o regresso do PREC—neste caso PREC 2*—pela mão do Dr. Soares, pai da democracia de sucesso em que vivemos, com tendência para se apurar: de asneira em asneira, até à vitória final!
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*Não confundir com o PEC 2, do saudoso Zezito, que tanta falta nos faz!
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