Não lê nada mais
extenso que um título de jornal e era o sobrinho Alfredo Barroso, Secretário de
Estado no seu Governo e Chefe da Casa Civil quando era Presidente da República, que lhe preparava resumos numa página A4 de tudo que era importante—não lia
sequer essas folhas porque não tinha paciência para textos indigestos. Em
resumo, um homem estudioso que aprofunda as matérias.
Mas quando pega na
caneta, mais provavelmente quando dita, é só prosa compacta, escorreita, lúcida
e mais fluída que uma diarreia estival.
Tem o dom da palavra falada e escrita, para não dizer obrada. E, como tem audiência,
não se cala.
Escreve um pouco
por todo o lado—regularmente no "Diário de Notícias": não perco
porque gosto de rir. A prosa vai aumentando em volume e ridículo de semana para
semana. Hoje, é uma obra de fundo—não de fundo de penico, mas quase: são 1.962
palavras, 9.564 caracteres (sem espaços), 11.592 caracteres (com espaços) e 30
parágrafos. Pode ler tudo aqui e deve fazê-lo, JÁ!
Ficámos a saber que
Mandela está livre graças à sua influência; que a Livraria Sá da Costa faliu e
Passos Coelho não fará nada para a salvar, como era obrigação; que a Maternidade Alfredo da Costa
vai ser vendida porque o ministro da tutela só quer mais dinheiro; e que o
Governo moribundo está completamente parado—É VERDADE!
Podia eu ter respeito
por um ancião que está gagá—era a minha obrigação. Não o faço
porque o ancião é um traste: no meio de toda a verborreia nonsense, não tem uma palavra para assumir a responsabilidade de
tudo ter feito para dar um sopro de vida a este Governo que os portugueses vão
ter de suportar mais dois anos, em nome dos seus ódios, da sua estupidez e do
seu facciosismo. Quero que vá para o raio que o parta!
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