Macário Correia, o tal da analogia do beijo à mulher fumadora
com a lambidela dum cinzeiro; que jamais beijaria Angelina Jolie—azar o dela que não pensa
noutra coisa; e que deve pesar mais de 120 milhões de miligramas, está de
volta.
Há dias, depois duma campanha judiciária isaltinesca, renunciou ao mandato de
presidente de câmara donde já fora demitido há muito por todas as instâncias,
embora tenha ainda pendente um último apelo feito com esperança de se salvar
antes do Big-Crunch universal—Macário acredita no Big-Crunch. Como os tribunais
estão de merecidas férias, aproveitou, não a hibernação, mas a veraneação dos
meritíssimos e voltou à Câmara de Faro, acto que o Dr. Soares qualificaria como
coisa de salta-pocinhas.
Enquanto Suas Excelências vão a banhos e repousam do
labor insano de julgar, Macário aproveitou a brecha na actividade judiciária, atacou na retaguarda e voltou ao gabinete, entretanto já ocupado por Bacalhau, seu
precário sucessor mas candidato à presidência nas próximas eleições
autárquicas.
Macário não quer a presidência porque aí já deu o que tinha a dar, e foi bastante,
especialmente à família e amigos, se acreditarmos nos comentários feitos por
munícipes de Faro nas notícias dos jornais. Macário quer usar a situação para
pressionar o PSD, ameaçando prejudicar a campanha bacalhoeira já em curso, e
tornar-se deputado europeu, ou uma pessegada parecida.
Pior que isto, só o Big-Crunch. Depois de Isaltino, com
mais um ou dois iguais a Macário, seguramente que a justiça divina
providenciará nesse sentido, sem possibilidade de recurso para mais nenhuma
instância.
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