terça-feira, 30 de julho de 2013

O CALAFATE SOARES

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A "Redacção da Guidinha" do DN, versão Mário Soares, tem hoje 1.957 palavras—SÓ !—e 31 parágrafos. Sendo uma obra incontornável que nunca perco para me cultivar, embora tenha aprendido que no Egipto há uma grande biblioteca em Alexandria, nome que homenageia Alexandre (quem diria?!), fiquei embasbacado porque a mulher do Dr. Soares visitou a tal biblioteca "várias vezes", mas ele—"bibliógrafo desde jovem"—nunca lá foi. Custa a acreditar, especialmente num bibliógrafo que lia quase todas as folhas A4 de resumos que o seu sobrinho e simpático fóssil republicano lhe preparava, quando era Primeiro-Ministro e Presidente da República.
O Dr. Soares é um devorador de textos insaciável. Passou a esmagadora maioria das horas diurnas e nocturnas da sua vida debruçado sobre as grandes obras em prosa e verso que o génio humano pariu—e sobre as médias e pequenas também. O seu carácter "bibliógrafo"—e bibliófago!—não deixou escapar nada que fosse letra, de forma ou cursiva.
Nada não é bem dito, porque a Biblioteca de Alexandria escapou: mas que é tal insignificância no universo da cultura do Dr. Soares? Uma gota de água em todos os oceanos do Planeta Azul! Aliás, a Biblioteca de Alexandria tem lacunas, frestas, ou fissuras que só o Dr. Soares podia calafetar, se não andasse tão ocupado com o governo que nos governa, governo que não lê nadanem as "redacções da Guidinha"!.

Nota:
Teria respeito pela idade e sanidade mental do Dr. Soares, se ele se calasse, ou alguém o calasse. Enquanto exibir publicamente a personalidade facciosa e egocêntrica que sempre o caracterizou mas agora disfarça pior, não me abstenho de o criticar.
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