Se o seu cão esteve entretido a roer as suas cuecas
preferidas, ou o seu cachimbo, não ganha nada em chamá-lo, berrar, ameaçar,
apontar-lhe o dedo e por aí fora. Apesar de estar com as orelhas caídas, a
cabeça baixa, os olhos mortiços e o rabo entre as pernas, não está nada preocupado com as cuecas ou o cachimbo—está
assim por causa dos seus modos, mais nada. Nem percebe porquê tanta fúria.
Os cães não têm vergonha, sabia? Vão à dispensa, comem os
bolos que lá estão e estão-se nas tintas para o facto, mesmo que já tenham
percebido que não deviam comer. O problema é poderem ser apanhados. Se não
forem, está tudo bem e estão a marimbar-se para a sua fúria, desde que não lhes
dê uma palmada. Quem diz isto não sou eu; é Bonnie Beaver, do "Texas
A&M University's College of Veterinary Medicine" e Director Executivo do
"American College of Veterinary Behaviorists".
Eu digo que os cães não acreditam no Inferno.
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