Um estudo feito no Departamento de Neurociência do University
College of London, usando ressonância magnética do encéfalo, mostra que as fórmulas
matemáticas podem desencadear fenómenos cerebrais sobreponíveis aos registados
com a contemplação de obras de arte, como grandes músicas e belas pinturas.
Sem entrar em pormenores, direi que há fórmulas
horríveis, de gosto pior que péssimo, independentemente da sua importância
científica, e fórmulas de deixar a baba a escorrer pelas comissuras labiais.
Por exemplo, a fórmula em cima, das séries infinitas, de Srinivasa Ramanujan—que não tive o prazer de conhecer—é um nojo. Mas a fórmula da identidade, em
baixo, de Leonhard Euler, é
de perder a cabeça: bonita de se ver, apesar incrivelmente profunda, inclui as cinco constantes matemáticas mais importantes e as três operações aritméticas mais básicas—adição, multiplicação e
exponenciação.
Qual é a opinião do leitor? Eu, pela minha parte, hoje
vou ter dificuldade em adormecer a pensar na fórmula de Leonhard Euler. Há nela
simplicidade, simetria, elegância e a expressão duma verdade imutável. Direi
mais: não há pai para ela. Ah ganda Leonhard!...
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