Partindo da minha ignorância histórica que é um espanto, fiquei hoje a saber, depois de ler a crónica de Vasco Graça Moura no "Diário de Notícias", que no dia 20 de Dezembro de 1906, Afonso Costa, a quem o cronista chama "um dos maiores criminosos políticos da Primeira República", declarou no Parlamento o seguinte: "Por muito menos crimes do que os cometidos por D. Carlos I, rolou no cadafalso, em França, a cabeça de Luís XVI!". Catita!
Soares, na mesma esteira, mas mais ordinário porque devedor de direitos de autor, eructou para o jornal "i", sobre Cavaco: "Por muito menos que isto foi morto D. Carlos, que aliás era um bon vivant e chamava ao seu país a 'piolheira'."
Além de ordinário e plagiador, não deixa de ser irónico
ouvir Soares acusar D. Carlos de bon
vivant. Se é coisa que Soares nunca foi, foi bon vivant—sempre cultivou a maior
austeridade, alimentado a pão e água numa célula húmida e fria, a nudez coberta, por razões púdicas apenas, com um burel franciscano.
Que grande trampolineiro! E que grande lata! Igual ao Zezito.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário