segunda-feira, 1 de abril de 2013

O LÍDER

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O jovem Kim Jong un não pára de arrotar postas de pescada atómicas. Todas as manhãs, depois do mata-bicho nuclear, faz a fissão gástrica do urânio 235, eructa algum bário e criptónio e larga flatos de radiação gama. Muitos flatos. As redações dos jornais de todo o mundo começam a sufocar com o cheiro a flato atómico coreano. Diz-se não ser flato atómico puro, pois há alguma contaminação de feijão manteiga enriquecido nas centrifugadoras da República Popular Democrática da Coreia; mas nada de cuidado para a eficiência letal dos flatos.
Kim Jong un é uma ternura—corte de cabelo sem precedentes na História Universal, grau moderado de obesidade balofa e pezinho de gueixa, deixam os compatriotas, seus fidelíssimos seguidores, em transe. Todos, especialmente os generais que quando o avistam não se dominam e entram em aplauso a raiar o descontrolo. Ofusca-os o cabo de guerra que é, os conhecimentos castrenses, a visão estratégica hiper-napoleónica, acima de tudo o charme de tão valoroso batalhador atómico.
Devo confessar que também me empolga e é o meu ídolo. Líder de líderes, inspirador de inspiradores, vencedor de vencedores, é uma personagem ímpar, incomparável, sublime. É, em resumo, uma besta.
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