No espaço astronómico, o nosso horizonte visual termina à
distância aproximada de 13,7 mil milhões de anos/luz, visto que o universo
começou há 13,7 mil milhões de anos. Tudo que possa existir para além dessa
distância, não vemos. A imagem dessa hipotética parte do universo vem a
caminho—ainda não chegou cá, se existe. Na realidade, não será bem assim porque o universo não é estático, mas está em expansão, e os objectos que vemos agora já estão bastante mais longe, mas não interessa isso de momento.
O raio do volume de universo limitado pelo nosso
horizonte visual, chamado "volume Hubble", cresce todos os anos um
ano/luz, o que é muito. E depois? Até quando? Se estivéssemos perto desse
horizonte, o que víamos? Uma placa onde está escrito "Fim do Universo"—"Cuidado
com o Degrau"? Dá que pensar isto!
No fim dos anos 20 do Século passado, ainda se discutia
se havia mais mundo para além da Via Láctea. O astrónomo americano Harlow Shapley tinha a certeza que a nossa galáxia
esgotava o universo. Só no ano de 1964, com a confirmação da Teoria do Big-Bang,
se admitiu que somos apenas um grão de areia. Agora, em 2013, não podemos
admirar-nos se o mundo que vemos, com 13,7 mil milhões da anos/luz de raio,
for apenas uma fracção pequena do todo imenso, eventualmente infinito.
Pode acontecer que o espaço seja infinito e só esteja ocupado
parcialmente por nós, circunstância em que ao Dr. Soares cabem, pelo menos,
três quartos. Ainda sobra muita arrumação para o trivial e os comuns, mesmo
assim. Não sei se o Dr. Soares, que em génio não chega a pólvora seca e em
talento é Pim-Pam-Pum, cabe no canto esconso que lhe calhou, mas tem que se remediar
com ele.
O modelo cosmológico actual prevê que num raio de 10^28
metros, ou seja 1 seguido de 28 zeros, exista outra galáxia igual à nossa,
eventualmente outro "O Dolicocéfalo", outro Vítor Gaspar, outro
Relvas, outro Cavaco que não "façará" ideia que tem um sósia, e
"cidadões" Cavaco-like. Provavelmente, até há um Seara a anunciar
neste momento a candidatura à Câmara Municipal de Lisboa do volume não Hubble! Imaginem!
Ele há coisas!!!...
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