terça-feira, 25 de junho de 2013

OU HÁ MORALIDADE . . .

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Essa bola que aí está chama-se Terra e é um planeta do Sistema Solar da galáxia Via Láctea. Tem cerca de 4,5 mil milhões da anos de idade e, há cerca de 3,5 mil milhões, começou a ter vida. Primeiro muito simples e, finalmente, há 50 mil anos, o homem moderno. Nessa altura, não havia estados, União Europeia, Aliança Atlântica, Organização das Nações Unidas e toda essa cangalhada. Era cada um por si e a Terra dava o que os caçadores recolectores conseguiam apanhar. Mas o homem começou a reproduzir-se em proporção geométrica e hoje, Anno Domini 2013, já somos 7 mil milhões: as coisas começam a complicar-se. E porquê? Por causa da igualdade. Tal e qual!
Na época dos caçadores recolectores eram todos iguais mas, como eram poucos, as coisas chegavam. Depois, com o aumento da população, os recursos começaram a escassear e o problema resolveu-se naturalmente: uns tinham o necessário e os outros não tinham—passavam mal: era o equilíbrio baseado na injustiça. Havia a Europa rica, a África pobre, a América do Norte rica e a do Sul pobre, blá, blá, blá.
A seguir, os pobres também quiseram viver decentemente, o que criou dificuldades aos ricos, habituados a coisas como a exploração das terras alheias, do trabalho dos outros, verbi gratia a escravatura, à supressão dos direitos humanos em grande parte do planeta e por aí fora.  Gradualmente, as coisas foram-se tornando mais difíceis para quem estava mal habituado, até chegarmos ao estado actual. A Europa anda à brocha, os Estados Unidos andam à brocha, o Brasil, que parecia muito bem, é o que se vê, e a China é um tigre de papel porque no dia em que a sua  imensa população quiser sentar-se à mesa do banquete e comer como os outros, aquilo dá bota.
Não quero dizer que Malthus estivesse certo; mas não estaria completamente enganado: avisou que, com a população a crescer, haveria problemas. Maltus estava enganado numa coisa: o problema principal não era a população crescer, embora também fosse. O problema era a população mudar de estilo de vida. Isto é, ou há moralidade, ou NÃO comem todos. É a moralidade que está a atrapalhar os ricos.
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