O Sol durará mais 4,5 mil milhões de anos. A Terra acaba
antes porque será tragada quando ele começar a crescer e expandir-se. Muito
antes ainda, acaba a vida. O fenómeno que preocupa agora os ambientalistas—excesso de dióxido de carbono na atmosfera—vai inverter-se. O aquecimento
decorrente do aumento da radiação solar vai aumentar a evaporação e reacções com
a água das chuvas vão esgotar o dióxido de carbono. Sem ele, não há
fotossíntese, as plantas acabam, os animais herbívoros morrem e os carnívoros e
omnívoros também. A vida, como a conhecemos, termina dentro de mil milhões de
anos. Ficarão alguns micro-organismos
elementares. Quase todos desaparecerão com mais mil milhões de anos
sobrevivendo eventualmente alguns, chamados extremófilos, em locais muito
reduzidos com água, talvez em caves e subterrânea. Depois a Terra, o planeta
agora azul, é grelhado em lume forte como um churrasco.
Feitas as contas, o Armageddon será no Anno Domine
2000002013. Pode assentar na agenda. Dá que pensar. Qualquer que seja a posição
do filósofo que somos todos, religiosos ou não, a pergunta que suscita tal
narrativa—como diria o pensador chamado Zezito—é esta: tudo visto e respigado, qual
foi o nosso papel na história do universo?
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