quinta-feira, 4 de julho de 2013

ARMAGEDDON

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O Sol durará mais 4,5 mil milhões de anos. A Terra acaba antes porque será tragada quando ele começar a crescer e expandir-se. Muito antes ainda, acaba a vida. O fenómeno que preocupa agora os ambientalistas—excesso de dióxido de carbono na atmosfera—vai inverter-se. O aquecimento decorrente do aumento da radiação solar vai aumentar a evaporação e reacções com a água das chuvas vão esgotar o dióxido de carbono. Sem ele, não há fotossíntese, as plantas acabam, os animais herbívoros morrem e os carnívoros e omnívoros também. A vida, como a conhecemos, termina dentro de mil milhões de anos. Ficarão alguns micro-organismos  elementares. Quase todos desaparecerão com mais mil milhões de anos sobrevivendo eventualmente alguns, chamados extremófilos, em locais muito reduzidos com água, talvez em caves e subterrânea. Depois a Terra, o planeta agora azul, é grelhado em lume forte como um churrasco.
Feitas as contas, o Armageddon será no Anno Domine 2000002013. Pode assentar na agenda. Dá que pensar. Qualquer que seja a posição do filósofo que somos todos, religiosos ou não, a pergunta que suscita tal narrativa—como diria o pensador chamado Zezito—é esta: tudo visto e respigado, qual foi o nosso papel na história do universo?
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