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A França reagiu mole e formalmente contra os factos
conhecidos por "Escândalo Prism", a revelação de que os Estados
Unidos espiavam comunicações em todo o mundo, incluindo os seus aliados. A
França tem uma pedra no sapato: segundo o jornal "Le Monde", até
agora não desmentido, na sede da Direction Générale de la Sécurité Extérieure
(DGSE), em Paris, há três andares na cave onde estão instalados
supercomputadores que armazenam todos os sinais electromagnéticos emitidos por telefones e computadores em França, seja no
interior, seja para o exterior, ou do exterior para dentro do País.
E, de acordo com a BBC, a agência de espionagem britânica
GCHQ faz a mesma coisa, inclusivamente em colaboração com a NSA americana. Da
Alemanha, não tenho informação, mas é possível que também carregue um calhau na
bota porque não é menos que os outros. E a Rússia, e a China, e a Índia, e o
Paquistão, e o Irão, quiçá a Coreia do Norte e por aí fora.
Reagem todos como virgens púdicas ofendidas no pudor quando descobertos e
são verdadeiras prostitutas estafadas, consumidas pelo mal venéreo, fruto de
muitos anos de profissão.
Se há rapaziada "da pesada" que não olha a
meios, beneficiando da "distracção" dos responsáveis políticos, essa
gente é a dos serviços de informações. A resposta recente de Putin, antigo
coronel da KGB, a Obama, sobre a protecção dada a Snowden, é um documento de
fina ironia produzido por quem conhece bem o meio e sabe que não são todos
iguais porque são todos piores que os outros. Putin é especialista na matéria.
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