Einstein morreu a 18 de Abril de 1955, no Priceton
Hospital, em Nova Jersey. O seu cadáver foi autopsiado. O patologista
encarregado da tarefa, Thomas S. Harvey,
retirou o encéfalo do crânio do génio, partiu-o em 240 fragmentos que mergulhou
numa substância chamada celoidina e levou-o para casa.
Durante mais de
duas décadas, ninguém—nem mesmo a família de Einstein—soube que Harvey tinha o
cérebro guardado. Só em 1978 um jornalista chamado Steven Levy descobriu a
trapalhada, um nadinha macabra. Desde então, Harvey facultou as peças para estudo por três grupos.
Os resultados—conhecidos em
1985, 1996 e 1999—sugerem que alguns achados podem ser potenciais chaves para explicar
o génio do génio; mas nenhum é considerado conclusivo. Talvez o mais importante
seja a maior dimensão (+ 15%) da região parietal inferior—eventualmente
associada ao raciocínio matemático—e a ausência de sulco naquela região. Mas
parece primário, penso eu, esperar que a
capacidade intelectual de excepção de um ser humano se traduza em alterações
anatómicas evidentes no encéfalo. Provavelmente poder-se-iam observar
alterações funcionais em vida do físico, se as modernas técnicas de imagiologia
do Sistema Nervoso Central existissem
nessa altura. Isso pode ser verificado agora, por exemplo, no encéfalo do Tozé.
Quando
interrogado porque tinha ficado com o cérebro de Einstein, Harvey
explicou sentir-se obrigado a salvar para a posteridade aquela preciosa matéria
cinzenta—um poeta, em resumo!
.
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