sábado, 1 de fevereiro de 2014

É DISSO QUE NOS QUEIXAMOS

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Pacheco Pereira escreve hoje, no "Público", um artigo inspirado sobre a actual conjuntura política, muito ligada às "jotas". Vale a pena ler. Destaco dois excertos.

Sobre a moção que Passos Coelho apresentou no congresso do partido:

[...] Mas, na sua moção (que analisei com mais pormenor noutro artigo), há um interessante ponto que, embora formulado na actual vulgata ideológica, remete para outras “histórias”. Refiro-me à afirmação de que existe uma “apropriação excessiva dos direitos das gerações futuras por parte das actuais gerações”. Ou seja, o ataque a reformas e pensões, aos direitos adquiridos e a outros aspectos daquilo que consideram o statu quo, não é uma consequência conjuntural das imposições da troika, mas uma revolução estrutural destinada a impor uma justiça “geracional” entre “gerações actuais” e “futuras”, ou seja, uma luta social assente na idade. [...]

Sobre os ex-"jotas":

[...] Embora sejam hoje homens de meia idade, já velhos para o mercado de trabalho se quisessem entrar nele, estes antigos “jotas” do “discurso geracional” que hoje estão no poder moldaram a política partidária nos últimos anos e são a encarnação viva de um dos grandes problemas da democracia portuguesa, a partidocracia. Numa altura de gravíssima crise política e social, eles são a única “oferta” que os partidos políticos têm para dar aos seus eleitores e essa oferta é má e a milhas do que era preciso. Mas a hegemonia dos partidos da vida pública, defendida com unhas e dentes, garante a sua manutenção. [...]

Aprovado por aclamação!
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