Membros da Câmara dos Lordes britânica—que, como se adivinha, são lordes—queixam-se
do "rancho" pago pelos contribuintes britânicos, os quais
diligentemente desembolsam 1,3 milhões de libras por ano (± 1,6 milhões de
euros) para sustentar Suas Excelências. Um jantar com escalopes, foie gras e arroz de champagne custa 11,5 euros. É muito, mas os Pares recebem um subsídio de 365 euros
por dia e por presença na Câmara, o que ajuda à despesa.
Mas há muitas deficiências! Por
exemplo, uma das Excelências queixou-se da espera de 15 minutos por um grelhado
que assim perdeu a finesse, tendo, adicionalmente,
impedido que os seus convidados comessem a tempo a selecção de doces. Além
disso, as mesas da sala de chá estão muito mal distribuídas, pode dizer-se de
forma anárquica, desde a última remodelação da Páscoa. E já não há uns amorosos
menus impressos em cartão para oferecer aos convidados como souvenir! Miserabilismo!
Outro Par do Reino um dia viu a sua reserva para jantar cancelada, o que o
deixou como um náufrago sem boia—não podia comer ali, nem podia ir com a mulher
a outro sítio porque ela usava uma tiara
e não ia assim para o restaurante da esquina.
Além disso, substituíram a máquina do café e toda a gente se queixa de que
é impossível tomar ali um cappuccino
decente. Quanto aos waiters deviam deixar de perguntar se as Excelências querem
as batatas com manteiga porque o que lá põem é margarina.
O "The Independent" é omisso nalgumas coisas e não informa se a
água de rosas para os lordes se lavarem por baixo vai de Paris, ou é comprada
na drogaria da esquina de Piccadilly Circus. Provavelmente, lavam-se com Chanel
nº 5 e aí não há queixas. Só à porrada!...
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