domingo, 2 de fevereiro de 2014

LÁ COMO CÁ

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Membros da Câmara dos Lordes britânica—que, como se adivinha, são lordes—queixam-se do "rancho" pago pelos contribuintes britânicos, os quais diligentemente desembolsam 1,3 milhões de libras por ano (± 1,6 milhões de euros) para sustentar Suas Excelências. Um jantar com escalopes, foie gras e arroz de champagne custa 11,5 euros. É muito, mas os Pares recebem um subsídio de 365 euros por dia e por presença na Câmara, o que ajuda à despesa.
Mas há muitas deficiências!  Por exemplo, uma das Excelências queixou-se da espera de 15 minutos por um grelhado que assim perdeu a finesse, tendo, adicionalmente, impedido que os seus convidados comessem a tempo a selecção de doces. Além disso, as mesas da sala de chá estão muito mal distribuídas, pode dizer-se de forma anárquica, desde a última remodelação da Páscoa. E já não há uns amorosos menus impressos em cartão para oferecer aos convidados como souvenir! Miserabilismo!
Outro Par do Reino um dia viu a sua reserva para jantar cancelada, o que o deixou como um náufrago sem boia—não podia comer ali, nem podia ir com a mulher a outro sítio porque ela usava uma tiara e não ia assim para o restaurante da esquina.
Além disso, substituíram a máquina do café e toda a gente se queixa de que é impossível tomar ali um cappuccino decente. Quanto aos waiters deviam deixar de perguntar se as Excelências querem as batatas com manteiga porque o que lá põem é margarina.
O "The Independent" é omisso nalgumas coisas e não informa se a água de rosas para os lordes se lavarem por baixo vai de Paris, ou é comprada na drogaria da esquina de Piccadilly Circus. Provavelmente, lavam-se com Chanel nº 5 e aí não há queixas. Só à porrada!...
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